quinta-feira, 12 de maio de 2011

De volta aos mesmos devaneios .

Sertão, 09 de maio de 2011.
Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer.
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Olha, eu vim aqui pra te dizer que eu sou uma pessoa bloqueada pra sentimentos. E que eu costumo me interessar pelas pessoas de uma forma diferente, porque sinto que as pessoas tentam me aprisionar e tudo o que eu sempre busquei na vida foi liberdade.
Recentemente você me pediu que te descrevesse. Bom, você é uma das pessoas mais fascinantes que eu já conheci. Por todos os motivos. E eu me recuso a enumerá-los.
Eu não tinha pensado em nada disso até aquele dia em que você veio conversar comigo, mas como eu tenho a péssima mania de prestar atenção e tentar transformar tudo que ouço em metáforas... eu comecei a pensar. E tentei encontrar os motivos que você tinha pra achar que eu gosto de você. Eu não sei se devia começar a pensar nisso, eu não gosto de gostar das pessoas. Mas eu encontrei um milhão de motivos pra gostar. E acho que nessa hora eu realmente comecei a gostar de você.
Bom, eu me lembro da conversa, e lembro da parte em que você não quer nada sério, nem pressões, por todos os problemas que você já tem. Não que gostar seja um problema... Mas eu sei que você tá em outra etapa, e passando por outras coisas... eu só não quero gostar sozinha. Não quero deixar de ficar com você, aprecio sua companhia. Eu só não sei o que você espera de mim.
Eu não sei o que fazer. Só por isso eu vim falar com você.
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Olha, eu to com um problema. Me sinto constantemente perdida. Mas com você eu me encontro. Eu gosto de você e descobri isso há pouquíssimo tempo. Não sei o que fazer com isso.
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Não acho que devo me envergonhar por sentir. O problema seria não sentir.
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Perto dele eu me sinto mais perto de Deus. Mas ele ainda tem muitos segredos, vai me rasgar de decepção.
- Esquece isso, Joyce.
- Cala a boca, pensamento !

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